Desabrochar na plenitude da Vida

O homem, todos os homens, de todos os tempos e de todos os pontos da terra, têm em si um princípio de vida que os impulsiona a uma vida sempre mais plena. Todas as conquistas do homem são uma tentativa de encontrar essa plenitude, e a morte aparece como frustração desse desejo maior do homem. A dor, as contingências da vida, a morte, parecem empecilhos à realização total do homem, o homem criado por Deus à sua imagem e semelhança. Esse homem é assumido por Deus que se faz homem para que o homem se divinize.

O homem novo que o mundo espera não será o homem do futuro, mais perfeito, fruto da tecnologia ou da manipulação genética, ele já existe, é o Cristo Ressuscitado, vencedor da morte; “Ele é o primeiro e todos nós vivificados nEle” (1ª Co 15.22).

A morte não existe, é um espantalho. A morte é uma passagem como é o parto. O feto não está no ventre da mãe para aí ficar mas sim amadurecer, é um nascituro, isto é alguém que deve nascer, que deve deixar o mundo pequeno, limitado, escuro, do ventre materno. O momento de sair do útero é difícil, doloroso, mas o que espera a criança é um mundo mais amplo, de luz, de cores, de coisas; é um mundo novo. Desde o nascimento o homem é um moribundo, isto é, cada momento que passa o homem se transforma, se aproxima cada vez mais do momento de sua maior decisão, da sua decisão mais livre, mais consciente e definitiva. Na morte, isto é, no momento de sua passagem para a eternidade, conforme o que ele construiu ao longo de seus dias, face a face com Deus ele se abrirá para sempre ao relacionamento de amor a Deus, aos outros e ao cosmo, ou se fechará para sempre em si mesmo numa total frustração.

A gestação é uma preparação para o nascimento e a criança não sabe o que a aguarda, mas nós, que já nascemos, vivemos e conhecemos este mundo, sabemos o que espera o nascituro. Assim também, os que nos procederam sabem o que nos espera após a morte, isto é, o nascimento para a vida em plenitude. A nossa vida presente é a gestação para a vida eterna e a morte é o nascimento.

Queremos ser discípulos de Jesus que disse: “Eu sou a ressurreição e a vida; o que crê em mim, ainda que esteja morto viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente” (Jo.11,25-26).

“Passamos da morte para a vida porque amamos nossos irmãos. Aquele que não ama permanece na morte “ (1ª Jo.3.14).

“Vinde benditos de meu Pai...porque tive fome e me destes de comer; eu tive sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me acolhestes; eu estava nú e me vestistes; eu estava doente e me visitastes; eu estava na prisão e viestes me ver...” (Mt 25.34-37).

O exercício de amor sempre nos leva à maturidade, e para quem vive no amor tudo ajuda no crescimento, dores físicas ou morais, alegrias e dificuldades, êxitos ou fracassos.

Esta é a nossa fé e que a novidade maior do Cristianismo, a RESSURREIÇÃO, brilhe como sol que ilumina a vida, preencha de alegria os corações dos que sofrem e choram, dê sentido a vida de quem anda sem rumo, seja a esperança de um mundo melhor.

Nossos falecidos, cujos corpos sepultados quais casulos vazios que se romperam para deixar livres as “borboletas” coloridas, estão vivos. Seus corpos santificam a terra que os absorve, como eucaristia da terra, dinamismo silencioso e oculto na transformação do cosmos.

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